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Carlos Eduardo Prates (Belo Horizonte, 9 de setembro de 1934 — Belo Horizonte, 28 de outubro de 2013) foi um maestro brasileiro.
Carlos Eduardo Prates | |
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Nome completo | Carlos Eduardo Prates |
Conhecido(a) por | Caiado |
Nascimento | 9 de setembro de 1934 Belo Horizonte |
Morte | 28 de outubro de 2013 (79 anos) Belo Horizonte |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | Haydée Ulhôa Cintra |
Ocupação | maestro |
Pertence à geração de músicos formados por Hans-Joachim Koellreutter. Ainda jovem, estudou piano com Hiram Amarante, em Belo Horizonte; violoncelo com Walter Smetak (suíço), na Bahia; e canto com Hylde Sinek (austríaca), no Rio de Janeiro.
Na Europa, teve o privilégio de estudar com mestres como Herbert von Karajan, Ahlendorf, Carl Ueter e Franco Ferrara. Em Berlim exerceu o cargo de general musikdirektor no Theater Des Westens e, em seguida, regente convidado do Theater An Der Wien.
No Brasil, foi regente titular da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, do Coral da Rádio MEC, membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro e colaborador do Projeto Minerva Cultural.
Biografia editar
Mineiro de Belo Horizonte, formou-se na classe do professor Hans-Joachim Koellreutter e, por destacar-se nos estudos, obteve bolsa para estudar na Alemanha com mestres como Herbert von Karajan, Ahlendorf, Ueter, Fritz Neumeyer, Wolfgang Fortner, Franco Ferrara, Jean Fournet, Igor Markevitch, Francis Trevis, Bruno Maderna e Ines Leuwen (canto).
Em sua estréia em Berlim, regeu a RIAS-Symphonie-Orchester, tendo no programa a 8ª Sinfonia de Beethoven, Le Tombeau de Couperin de Ravel e o Concerto para Violino de Mendelssohn, com o violinista Andreas Rohn, e acompanhou a cantora Jessye Norman, também estreante na época, em árias de óperas diversas.
Artista versátil e vivamente interessado em todas as manifestações artísticas, dominou os mais contrastantes estilos, desde a música sinfônica e lírica (óperas, operetas, musicais) aos balés clássicos e modernos, além de ser acompanhador de solistas instrumentais e vocais. Em 1974, fundou, juntamente com sua esposa, o COJIJ (Centro Coral-Sinfonico Infanto-Juvenil do Rio de Janeiro), que chegou a manter uma orquestra de 60 jovens músicos, que se tornaram profissionais de várias orquestras da atualidade. Sua técnica gestual e personalidade singular sempre lhe renderam elogios da crítica, tanto no Brasil quanto na Alemanha, França, Itália, Suíça, Portugal, Áustria e Tchecoslováquia, entre outros.
Prates foi, durante o governo de Tancredo Neves, Regente Titular do Centro de Produção Lírica do Palácio das Artes de Belo Horizonte, onde realizou fantásticas montagens de óperas como Viúva Alegre, Carmen, Butterfly, sinfonias diversas e concertos didáticos em praça pública, principalmente para o público infanto-juvenil. Nessa ocasião, regeu a Sinfonia n.º 9 (Beethoven), em primeira audição no Estado de Minas Gerais. Regeu também a Paixão Segundo São Mateus de Bach, versão integral, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, traduzida para a lingua portuguesa por ele mesmo em conjunto com Haydée Cyntra.
Prêmios editar
Carlos Eduardo Prates ganhou dois primeiros prêmios em concursos internacionais de Regência: na América do Sul, em São Paulo, 1963 e na Europa, em Firenze, 1966.
Pessoais editar
Sua esposa, a jornalista Haydée Ulhôa Cintra, sempre foi sua empresária musical.
Referências
- «Música nas escolas - a pauta do rádio Associação das Rádios Públicas do Brasil». Consultado em 17 de Maio de 2012
Ligações externas editar
- «Marcos Leite: Sua brasilidade e contemporaneidade» (PDF). In XIII Encontro Anual da ABEM
- «Fernando Sabino: Um mineiro em Berlin»
- «Maestro Carlos Eduardo Prates no programa "Memória e Poder" da ALMG»